Amor por cinema e considerações sobre visão cinéfila

   O post de hoje é um pouco diferente dos outros, ele não é uma resenha sobre um filme específico, mas um artigo sobre cinema em geral. A questão principal nesse post é, por que amamos tanto o cinema? Direi por mim, e espero que faça sentido para vocês que estão lendo.
   Primeiro de tudo, o cinema é uma arte que abrange várias artes. Ele trabalha com a parte sonora, visual, e, de certa forma, por meio do roteiro, a literária. E é interessante o fato de que os filmes exercem a mesma função dos livros, pois eles contam uma história a fim de chegar a um objetivo, seja ele o de emocionar, fazer com que quem assiste viaje por um novo universo, instigar o telespectador a ser crítico, etc; os filmes também exigem uma interpretação.
   Aí puxa outra vantagem, por mais que o cinema exija uma interpretação, ele é acessível! Eu não estou falando de pontos de distribuição, mas sim que qualquer pessoa comum pode aproveitar um filme em sua plenitude. Com a evolução dos meios de exibição e a inclusão das legendas, as pessoas que antes não podiam apreciar cinema, como os deficientes auditivos, passaram a poder! Coisa que também é importante citar é que os filmes ensinam as pessoas de maneira didática e interessante, reproduzindo momentos importantes da história da humanidade e sendo o retrato de sua época, além da existência do cinema para todo tipo de público.
   Em relação aos outros aspectos positivos do cinema, eu estava falando com alguns amigos sobre certas coisas que funcionam nas histórias em quadrinhos, mas não no cinema, e cheguei à conclusão de que tem coisas que não funcionam no cinema comercial, mas que tudo funciona no cinema! Como tudo na nossa sociedade se baseia em lucro, as produtoras não são corajosas o bastante para entregarem um filme de super-heróis a um diretor de filmes independentes, até porque muita coisa no cinema comercial tem a intenção de agradar ao público, sendo de maneira boa ou não. Mas isso não quer dizer que não funcionariam, porque, apesar de poucos filmes blockbusters dirigidos por diretores independentes, eles existem, e no cinema tudo é possível.
   E, por fim, a tal visão cinéfila. Quando paramos de enxergar cinema como apenas entretenimento, adquirimos uma visão mais ampla de todas as coisas. Para exercitar nossa percepção de mundo dentro do cinema, há coisas que podemos fazer, como tentar adivinhar de que lado está a câmera que capta uma cena. E também prestar atenção nos cortes de cena. Se ele é filmado com a câmera na mão, ou se usa um tripé, ou se varia. Se ele não tem cortes, ou tem cortes imperceptíveis (como em Festim Diabólico do Hitchcock), é um filme plano-sequência! Se sua história é cronológica linear, ou não. Se sua linguagem possui quebras da quarta parede (que são aqueles momentos em que os personagens falam com o telespectador). Se suas cores são frias ou quentes. Que emoção tudo isso te causa? Você mudaria alguma coisa nesse filme? Tem coisa pra caramba pra gente perceber! E por todos esses motivos, dê a si mesmo uma oportunidade de se apaixonar por cinema, garanto que vai gostar! ;)

Leandra Diniz

Um comentário:

  1. Leandra Diniz, parabéns pelo blog. também tenho um blog e ao pesquisar sobre a série Oz (1997-2003) para fazer uma postagem em meu blog, achei a sua postagem no seu antigo blog falando sobre as 'Filosofias de Augustus Hill' e era justamente o que eu estava procurando, essas narração da série. tentei entrar em contato, mas não conseguir. vou fazer uma postagem e citar o seu antigo blog como uma das fontes. vc tem uma outra forma de contato?

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