Olá, amigos e leitores. Como estão? Bem, adivinhem. Estou com bloqueio criativo de novo, damn!
Na verdade é a união do bloqueio criativo com o bloqueio cinéfilo. Sabem, eu tenho assistido filmes bons, mas está difícil algum deles me empolgar. Prometi falar sobre A Onda na postagem anterior. Foi um filme que me deixou fascinada, de verdade. Quero escrever sobre ele, mas vou precisar de tempo para rever.
Geralmente assisto um filme mais de uma vez para escrever uma resenha. O segredo das minhas composições, na primeira vez que vejo um filme é o primeiro contato para saber se o filme vai me agradar e, se for o caso, vejo de novo para analisar cada detalhe para escrever uma resenha mais apurada. Eu não consigo escrever sobre um filme assistindo apenas uma vez.
Today vou falar do meu xodó chinês Escravas da Vaidade! De novo Escravas da Vaidade? Yeah! Eu nunca realmente postei uma crítica sobre ele, nem nessa versão do blog, nem na anterior. Mas já escrevi várias. Eu até tinha uma pronta que escrevi há um tempo, mas resolvi escrever tudo de novo, porque é tão empolgante falar sobre essa obra prima do cinema oriental!
★★★★★★★★★★ |
Escravas da Vaidade é um filme que assisti muitas vezes. Ele tem duas vantagens principais: é um filme sucinto que prende o espectador na tela. Ele tem exatamente 1h30. E as pessoas podem pensar, “Deve ser muito mal desenvolvido”, mas não, é genial!
Escravas da Vaidade (Dumplings, nos EUA) é um filme chinês dirigido por Fruit Chan. Dumplings era um curta no filme Três... Extremos que em 2004 foi transformado em um longa.
Pode parecer um pouco pretensioso, mas se essa é a sua primeira conexão com o filme e se você pretende vê-lo, eu recomendo que não assista ao trailer, que não leia a sinopse e nenhuma outra crítica além dessa que escrevi. Não, não é apenas porque é a minha crítica, mas porque a maioria das críticas que li na internet revelam um fato do enredo que é interessante descobrir assistindo ao filme.
Escravas da Vaidade em um resumo muito curto fala sobre a Sra. Li, uma mulher que está frustrada com sua aparência, com seu casamento, com sua vida. Essa frustração a leva a procurar Tia Mei, uma mulher que conhece a fórmula da juventude eterna.
Como eu já disse no início desse post, Escravas da Vaidade é um dos meus filmes favoritos. Mas por que Dumplings me conquistou tanto? Porque ele é um filme inteligente, mas muito simples. Ele é um filme que permite ser adaptado para a realidade brasileira, pois abrange uma série de problemas que precisam ser discutidos em sociedade. Porém pessoas de mente fechada podem pensar que ele é apenas um filme oriental de bizarrices. (Shame on you que pensa dessa forma).
Bem, não sei se posso considerar Escravas da Vaidade um filme de teor feminista, mas muitos dos temas tratados no filme são pautas do movimento: a gravidez na adolescência, a submissão feminina, o aborto, os padrões de beleza. Ah, e é importante citar que o filme passa no “Bechdel test”, que consiste na existência de filmes que tenham duas personagens femininas com nomes que conversam entre si sobre algo além dos homens. E mais uma curiosidade é que a tão amada pessoa que fez o roteiro é uma mulher chamada Lilian Lee!
Eu sou muito apaixonada por tudo nesse roteiro. Em 1h30 o filme constrói muito bem a personalidade dos personagens de uma maneira brutal, crua. Escravas da Vaidade possui algumas linhas de diálogos marcantes que gostaria de dividir, “Comer a carne dos bárbaros e beber o seu sangue. Nós adoramos as pessoas com todo o nosso coração. Nós queremos mordê-las e engoli-las. Estamos dentro uns dos outros”, “Nós, mulheres, temos que nos defender ou eles nos destruirão”, “Você pode ser rica, mas eu sou livre”, essas linhas são da personagem icônica Tia Mei, interpretada espetacularmente pela Bai “Linda” Ling. E eu gosto muito da Bai Ling nesse filme, ela é desinibida, sexy, mas bizarra. Perfeita para o papel de Tia Mei!
Miriam Yeung que interpreta a Sra. Li também não fica atrás, sua atuação para a personagem é muito natural. E é interessante citar que a Sra. Li é uma personagem que me intrigou muito na primeira vez que vi o filme, porque conheço muitas mulheres parecidas com ela.
Eu sei que estou puxando muito o saco desse filme, mas é uma paixão minha, então quero dizer mais: que Fruit Chan fez um trabalho maravilhoso na direção!
Escravas da Vaidade tem uma atmosfera intensa com suas maravilhosas cores vibrantes, com seus belos planos fechados que nos aproximam dos personagens e nos fazem mais ligados à trama. Ele tem uma força, uma influência, um grande apelo visual.
Ah, quero dizer a vocês também que foi a melhor decisão transformar o curta Dumplings em um longa. Porque não só o curta foi transformado em longa, como ganhou forma. Em seu formato curto, ele já era belo, impactante, mas não era inteligente o suficiente, era apenas mais um misterioso filme bizarro. Em sua versão longa ele nos impressiona com beleza, conteúdo, força para se diferenciar de outros filmes de temática bizarra.
Eu li a crítica guardada que tinha sobre ele, nessa outra crítica falei muito sobre como eram os personagens, porém queria fazer essa resenha apenas para apresentar o filme. Tenho a intenção de fazer mais duas postagens sobre ele, uma para falar sobre as melhorias da versão curta para a longa, e a outra para analisar os temas tratados por ele.
Por fim, gente, eu quero dizer que não tenho o disco dele. Eu vi para comprar no Mercado Livre, mas não sei se é realmente original. Fica a dica para quem quiser me dar um presente, meu aniversário está chegando. Tá bem, eu sei que não vou ganhar, hahaha. E meu aniversário é só em Julho, só para saberem.
E quero comentar sobre o final divisor de águas entre os apreciadores. Amo, porque não é todo mastigado, mas odeio porque queria mais.
Espero que essa crítica seja digna de Escravas da Vaidade, ele é um filme belo, crítico, forte, é meu bizarrinho favorito de Hong Kong!
To be continued...
Leandra Diniz.
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