Felizes Juntos (春光乍洩, 1997)


★★★★★★★★★☆
   Eu tô destrinchando esse blog de novo pra falar sobre como os filmes do Wong Kar Wai são fodas. Na verdade, essa é uma pequena crítica do filme Felizes Juntos de 1997.
   Wong Kar Wai faz diferença pra mim, porque ele consegue me fazer gostar do tipo de filme que eu não gosto. “Ué, como assim?”, os filmes dele contam histórias do cotidiano e são crus ou, como dizem, “pés no chão”. Eu evito ver filmes que retratam os temas de maneira realista, porque a ideia do cinema pra mim é fugir ao máximo da realidade, mas é Wong Kar Wai, e quando você assiste, entende.
   Felizes Juntos conta a história de um casal gay de Hong Kong vivendo na Argentina. Os atores têm uma química maravilhosa em tela e isso fica evidente em vários momentos, mas da maneira que o roteiro se constrói é evidente o quanto o relacionamento dos dois personagens é abusivo e doentio. Enquanto Po Wing, personagem de Leslie Cheung, é egoísta e manipulador; Yiu Fai, personagem de Tony Leung é abusivo e, devido às traições do parceiro, se torna cada vez mais desconfiado.
   O título do filme no Brasil é bem irônico, uma vez que os personagens passam mais tempo brigando do que qualquer outra coisa, mas sabem aquela história de: “A minha vida só tem cor quando você está nela”?, no primeiro momento pensei que a alteração de cor era devido a condição dos personagens de estarem separados, com o tempo percebi, era devido ao fato de estarem sozinhos. No início o filme é narrado por Yiu Fai, um morador de Hong Kong abandonado sozinho na Argentina com a esperança de voltar. Quando ao lado de Po Wing, o filme ganha cor, mas ao se separarem, a cor não vai embora, pois Yiu Fai já havia conhecido outro morador de Hong Kong, já não se sentia sozinho. Dessa forma o filme aborda muito bem a condição de estar “homesick” (com saudades de casa) e a solidão humana. Durante sua duração, a narração é alterada três vezes, cada uma sob o ponto de vista de outro personagem fazendo com que o filme soe imparcial em visão de seu julgamento ao caráter dos personagens, no final, eles não são mocinhos nem vilões, mas seres humanos.
   E voltando nessa questão de solidão, o filme mostra aquilo que Bukowski disse no poema “oh sim”, que é melhor perceber que estar sozinho não é o pior quando ainda não é tarde demais. Yiu Fai assim descobre e vive uma linda cena nas Cataratas do Iguaçu que, pra mim, foi a mais bela do filme.
   Além do uso das cores, Wong Kar Wai é muito elegante e singular na direção. Características como o ambiente intimista, como as ruas da cidade e os banheiros públicos, e os movimentos das câmeras se tornaram marcantes desde que vi Amores Expressos. Em Felizes Juntos, a câmera entra em movimento quando há uma necessidade de estar, como em uma cena em que precisamos sentir o movimento do transporte coletivo ou do personagem correndo nas ruas.  
   Por fim, o filme não é sobre um casal gay, mas é de devida importância e ousadia em 1997 existir um filme LGBT em Hong Kong. Felizes Juntos é um filme sobre como as coisas podem ser eternizadas em bons momentos e sobre, não necessariamente o amor, mas a felicidade e a necessidade de experiências e de seguir em frente que precisamos ter na vida.

Leandra Diniz.

Amor por cinema e considerações sobre visão cinéfila

   O post de hoje é um pouco diferente dos outros, ele não é uma resenha sobre um filme específico, mas um artigo sobre cinema em geral. A questão principal nesse post é, por que amamos tanto o cinema? Direi por mim, e espero que faça sentido para vocês que estão lendo.
   Primeiro de tudo, o cinema é uma arte que abrange várias artes. Ele trabalha com a parte sonora, visual, e, de certa forma, por meio do roteiro, a literária. E é interessante o fato de que os filmes exercem a mesma função dos livros, pois eles contam uma história a fim de chegar a um objetivo, seja ele o de emocionar, fazer com que quem assiste viaje por um novo universo, instigar o telespectador a ser crítico, etc; os filmes também exigem uma interpretação.
   Aí puxa outra vantagem, por mais que o cinema exija uma interpretação, ele é acessível! Eu não estou falando de pontos de distribuição, mas sim que qualquer pessoa comum pode aproveitar um filme em sua plenitude. Com a evolução dos meios de exibição e a inclusão das legendas, as pessoas que antes não podiam apreciar cinema, como os deficientes auditivos, passaram a poder! Coisa que também é importante citar é que os filmes ensinam as pessoas de maneira didática e interessante, reproduzindo momentos importantes da história da humanidade e sendo o retrato de sua época, além da existência do cinema para todo tipo de público.
   Em relação aos outros aspectos positivos do cinema, eu estava falando com alguns amigos sobre certas coisas que funcionam nas histórias em quadrinhos, mas não no cinema, e cheguei à conclusão de que tem coisas que não funcionam no cinema comercial, mas que tudo funciona no cinema! Como tudo na nossa sociedade se baseia em lucro, as produtoras não são corajosas o bastante para entregarem um filme de super-heróis a um diretor de filmes independentes, até porque muita coisa no cinema comercial tem a intenção de agradar ao público, sendo de maneira boa ou não. Mas isso não quer dizer que não funcionariam, porque, apesar de poucos filmes blockbusters dirigidos por diretores independentes, eles existem, e no cinema tudo é possível.
   E, por fim, a tal visão cinéfila. Quando paramos de enxergar cinema como apenas entretenimento, adquirimos uma visão mais ampla de todas as coisas. Para exercitar nossa percepção de mundo dentro do cinema, há coisas que podemos fazer, como tentar adivinhar de que lado está a câmera que capta uma cena. E também prestar atenção nos cortes de cena. Se ele é filmado com a câmera na mão, ou se usa um tripé, ou se varia. Se ele não tem cortes, ou tem cortes imperceptíveis (como em Festim Diabólico do Hitchcock), é um filme plano-sequência! Se sua história é cronológica linear, ou não. Se sua linguagem possui quebras da quarta parede (que são aqueles momentos em que os personagens falam com o telespectador). Se suas cores são frias ou quentes. Que emoção tudo isso te causa? Você mudaria alguma coisa nesse filme? Tem coisa pra caramba pra gente perceber! E por todos esses motivos, dê a si mesmo uma oportunidade de se apaixonar por cinema, garanto que vai gostar! ;)

Leandra Diniz

Demônio de Neon (The Neon Demon, 2016)

★★★★★★☆☆☆☆
   Costumo dizer que esse blog é um blog de indicações, porque não consigo falar sobre coisas das quais não gosto, porém essa postagem será um pouco diferente, pois em relação ao novo filme do Refn, Neon Demon, tiveram coisas que amei, e coisas que odiei, e nessa resenha falarei sobre todas essas coisas.
   Besta de Neon, Capeta de Neon, Chifrudo de Neon, Cramunhão de Neon, Lúcifer de Neon, Satanás de Neon, e outras variações possíveis, é o mais recente filme do diretor Nicolas Winding Refn, o diretor de filmes como Bronson e Drive. O filme conta a história de Jesse, uma jovem garota que sonha em se tornar uma modelo. Ela, por ser muito bela, desperta a inveja e o amor de outras garotas da cidade.
   O que é amável sobre Neon Demon? Ele é belo. Como a protagonista, o filme reproduz em sua estética a beleza. Vocês podem fazer um teste, é só abrir o arquivo e pausar em qualquer cena, e ele continuará lindo. Cada frame é uma incrível fotografia marcada por cores que falam, gritam com quem está assistindo. Para diferentes propósitos Refn faz um excelente uso das composições de cenário e figurino, e das cores, ele acalma e angustia.
   A trilha sonora é muito foda! Os instrumentais de Neon Demon em junção com sua parte visual criam uma atmosfera sensorial, tanto que é possível se sentir todos os sentimentos da protagonista Jesse.

   Como característica principal dos filmes do Refn há o uso de simbolismos, o filme tem sacadas muito interessantes relacionadas ao poder destrutivo da beleza. (Prestem atenção na cena do batom!).
   E as atuações são boas para o que se propõem, Elle Fanning sendo bela, Keanu Reeves em um personagem diferente dos filmes que eu estou acostumada a ver com ele, porém a atuação e personagem (que poderia ter sido melhor explorada) mais intrigante foi a da Jena Malone. (E tem uma cena bem chocantezinha, nojentinha, com ela que vale a pena ver, hahah).
   O que é odiável sobre Neon Demon? Esse roteiro! Neon Demon trata sobre mais de um tema, e todos os temas sobre os quais ele trata estão brigando por protagonismo no filme, mas infelizmente não há um vencedor, e o roteiro se perde. Ao final, há uma sacada interessante e é aí que todos os temas tratados por ele se encontram em um, porém o filme acaba deixando uma sensação de que nenhum desses temas foram bem desenvolvidos durante seu enredo.
   Para concluir um raciocínio, Neon é uma recomendação para quem espera ter uma experiência sonora e visual incrível, mas não para quem espera um roteiro que se aprofunda nos seus personagens e temas.

Leandra Diniz.

Estômago (2007)

★★★★★★★★★☆
   Ver filme inédito é legal, mas ver aquele filminho que a gente gosta por demais e faz tempo que não vê é bão demais da conta, sô!
   Eu falo de Estômago, filme brasileiro de 2007 que conta a história de Raimundo Nonato, um cearense sem rumo na cidade grande que encontra seu caminho de sucesso (ou do fracasso) na gastronomia.
   Estômago é dividido e duas narrativas paralelas, na primeira o personagem Raimundo Nonato chega à cidade grande e é contratado por um dono de um boteco para trabalhar como cozinheiro. Por causa da fama de suas coxinhas, ele é contratado posteriormente para trabalhar em um restaurante italiano; na segunda narrativa, Nonato é conhecido como Alecrim e usa seus talentos na cozinha para sobreviver na cadeia. O filme tem uma sacada esperta de não dizer qual é o antes ou o depois, a ordem cronológica se faz perceptível pela evolução do seu personagem principal.
   Esse filme é um divisor de opiniões, eu já vi gente que não gosta, mas eu sou fissurada por ele e vou usar essa resenha para falar sobre motivos pelos quais vale a pena assistir Estômago! Vamo lá!
   Primeira coisa, ele é brasileiríssimo! E nesse caso, brasileiríssimo é adjetivo. Sabem aquele filme que dá pra enxergar cada parte do Brasil nele? Pois então. A cadeia, a rua das prostitutas, as coxinhas, o barzinho, o sotaque dos atores, tudo o que remete ao que é Brasil está nele!
   E é uma coisa interessante de frisar, tem gente que vive dizendo que Brasil só tem filme de favela, palavrão, putaria. E eu não acho que seja um defeito, mas Estômago traz uma premissa totalmente diferente de filmes como Cidade de Deus, Tropa de Elite, etc.
   Babu Santana está demais como Bujiú, que é um estereótipo crítico do preso que manda na porra toda e que consegue tudo o que quer fora da cadeia pela sua influência lá dentro; Fabiula Nascimento está perfeita no papel de Ilíria, que traz pra roda uma discussão sobre a culpabilização (afinal, tem gente que odeia a Ilíria pelos motivos errados); e João Miguel que estava tão carismático como Nonato, que é impossível não sentir empatia pelo personagem.
   Eu sou suspeita a falar, porque gosto de tudo nele, da edição e trilha sonora que são coerentes; da ótima trama, que é original, fechadinha, que trata de temas provocadores; das pitadas e humor e mistério; do ritmo que faz com que o filme seja gostoso de assistir. Estômago é um filme que brinca com a imaginação de quem assiste e que, no final, atinge seu objetivo que é trazer uma história original que remete ao exterior, mas que transparece nosso jeitinho brasileiro do ser.

Leandra Diniz.

Odeio o bloqueio cinéfilo e vou matá-lo

   Vocês tão vendo as teias de aranha se juntando nesse blog? Porque eu tô, hahah. Tô com um bloqueio cinéfilo ferrado. Às vezes fico chateada, porque tô deixando de fazer as coisas que gosto de ocupar minha mente com preocupações sobre a vida. Gente, eu tenho 17 anos! Eu tenho que parar, viver!
   Tá, mas o que seria esse tal bloqueio cinéfilo e o que tem a ver com vida? Tudo! Esse termo não existe realmente. Foi um termo que inventei para definir meu desanimo com os filmes que tenho assistido. Sabem quando qualquer filme te faz transmitir a mesma fucking maldita opinião? “Legal”. Eis o motivo pelo qual minha última resenha foi sobre um filme que vi no ano retrasado, porque atualmente não consigo ver graça em nada. Eu amo o incrível, o maravilhoso, o foda! Mas tudo o que assisto, não importa o quanto seja bom, é simplesmente “Legal”.
   Cinema pra mim está presente em tudo o que chamo de vida. Eu tenho saudades de assistir a um filme e ficar pensando nele por horas. Talvez eu não esteja assistindo aos filmes certos, ou talvez eu seja a pessoa errada no momento errado pensando em coisas erradas, talvez por isso estou deixando de apreciar ótimos filmes. Vai saber...

Leandra Diniz.

Escravas da Vaidade (Dumplings, 2004)

   Olá, amigos e leitores. Como estão? Bem, adivinhem. Estou com bloqueio criativo de novo, damn!
   Na verdade é a união do bloqueio criativo com o bloqueio cinéfilo. Sabem, eu tenho assistido filmes bons, mas está difícil algum deles me empolgar. Prometi falar sobre A Onda na postagem anterior. Foi um filme que me deixou fascinada, de verdade. Quero escrever sobre ele, mas vou precisar de tempo para rever.
   Geralmente assisto um filme mais de uma vez para escrever uma resenha. O segredo das minhas composições, na primeira vez que vejo um filme é o primeiro contato para saber se o filme vai me agradar e, se for o caso, vejo de novo para analisar cada detalhe para escrever uma resenha mais apurada. Eu não consigo escrever sobre um filme assistindo apenas uma vez.
  Today vou falar do meu xodó chinês Escravas da Vaidade! De novo Escravas da Vaidade? Yeah! Eu nunca realmente postei uma crítica sobre ele, nem nessa versão do blog, nem na anterior. Mas já escrevi várias. Eu até tinha uma pronta que escrevi há um tempo, mas resolvi escrever tudo de novo, porque é tão empolgante falar sobre essa obra prima do cinema oriental!
★★★★★★★★★★
   Escravas da Vaidade é um filme que assisti muitas vezes. Ele tem duas vantagens principais: é um filme sucinto que prende o espectador na tela. Ele tem exatamente 1h30. E as pessoas podem pensar, “Deve ser muito mal desenvolvido”, mas não, é genial!
  Escravas da Vaidade (Dumplings, nos EUA) é um filme chinês dirigido por Fruit Chan. Dumplings era um curta no filme Três... Extremos que em 2004 foi transformado em um longa.
   Pode parecer um pouco pretensioso, mas se essa é a sua primeira conexão com o filme e se você pretende vê-lo, eu recomendo que não assista ao trailer, que não leia a sinopse e nenhuma outra crítica além dessa que escrevi. Não, não é apenas porque é a minha crítica, mas porque a maioria das críticas que li na internet revelam um fato do enredo que é interessante descobrir assistindo ao filme.
   Escravas da Vaidade em um resumo muito curto fala sobre a Sra. Li, uma mulher que está frustrada com sua aparência, com seu casamento, com sua vida. Essa frustração a leva a procurar Tia Mei, uma mulher que conhece a fórmula da juventude eterna.
   Como eu já disse no início desse post, Escravas da Vaidade é um dos meus filmes favoritos. Mas por que Dumplings me conquistou tanto? Porque ele é um filme inteligente, mas muito simples. Ele é um filme que permite ser adaptado para a realidade brasileira, pois abrange uma série de problemas que precisam ser discutidos em sociedade. Porém pessoas de mente fechada podem pensar que ele é apenas um filme oriental de bizarrices. (Shame on you que pensa dessa forma).
   Bem, não sei se posso considerar Escravas da Vaidade um filme de teor feminista, mas muitos dos temas tratados no filme são pautas do movimento: a gravidez na adolescência, a submissão feminina, o aborto, os padrões de beleza. Ah, e é importante citar que o filme passa no “Bechdel test”, que consiste na existência de filmes que tenham duas personagens femininas com nomes que conversam entre si sobre algo além dos homens. E mais uma curiosidade é que a tão amada pessoa que fez o roteiro é uma mulher chamada Lilian Lee!
   Eu sou muito apaixonada por tudo nesse roteiro. Em 1h30 o filme constrói muito bem a personalidade dos personagens de uma maneira brutal, crua. Escravas da Vaidade possui algumas linhas de diálogos marcantes que gostaria de dividir, “Comer a carne dos bárbaros e beber o seu sangue. Nós adoramos as pessoas com todo o nosso coração. Nós queremos mordê-las e engoli-las. Estamos dentro uns dos outros”, “Nós, mulheres, temos que nos defender ou eles nos destruirão”, “Você pode ser rica, mas eu sou livre”, essas linhas são da personagem icônica Tia Mei, interpretada espetacularmente pela Bai “Linda” Ling. E eu gosto muito da Bai Ling nesse filme, ela é desinibida, sexy, mas bizarra. Perfeita para o papel de Tia Mei!
   Miriam Yeung que interpreta a Sra. Li também não fica atrás, sua atuação para a personagem é muito natural. E é interessante citar que a Sra. Li é uma personagem que me intrigou muito na primeira vez que vi o filme, porque conheço muitas mulheres parecidas com ela.
   Eu sei que estou puxando muito o saco desse filme, mas é uma paixão minha, então quero dizer mais: que Fruit Chan fez um trabalho maravilhoso na direção!
   Escravas da Vaidade tem uma atmosfera intensa com suas maravilhosas cores vibrantes, com seus belos planos fechados que nos aproximam dos personagens e nos fazem mais ligados à trama. Ele tem uma força, uma influência, um grande apelo visual.
   Ah, quero dizer a vocês também que foi a melhor decisão transformar o curta Dumplings em um longa. Porque não só o curta foi transformado em longa, como ganhou forma. Em seu formato curto, ele já era belo, impactante, mas não era inteligente o suficiente, era apenas mais um misterioso filme bizarro. Em sua versão longa ele nos impressiona com beleza, conteúdo, força para se diferenciar de outros filmes de temática bizarra.
   Eu li a crítica guardada que tinha sobre ele, nessa outra crítica falei muito sobre como eram os personagens, porém queria fazer essa resenha apenas para apresentar o filme. Tenho a intenção de fazer mais duas postagens sobre ele, uma para falar sobre as melhorias da versão curta para a longa, e a outra para analisar os temas tratados por ele.
   Por fim, gente, eu quero dizer que não tenho o disco dele. Eu vi para comprar no Mercado Livre, mas não sei se é realmente original. Fica a dica para quem quiser me dar um presente, meu aniversário está chegando. Tá bem, eu sei que não vou ganhar, hahaha. E meu aniversário é só em Julho, só para saberem.
   E quero comentar sobre o final divisor de águas entre os apreciadores. Amo, porque não é todo mastigado, mas odeio porque queria mais.
   Espero que essa crítica seja digna de Escravas da Vaidade, ele é um filme belo, crítico, forte, é meu bizarrinho favorito de Hong Kong!

To be continued...

Leandra Diniz.

Nossos gostos divergem, mas tudo bem!

   Ok, mais uma vez estou dando essa abandonada no blog. E odeio quando acontece de perder minha inspiração para escrever. Porém em breve quero fazer uma resenha sobre o fantástico filme alemão A Onda que me tirou do bloqueio cinéfilo, hahah!
   Enfim, mas esse texto que escrevo agora não é sobre nenhum filme específico, mas sobre uma discussão sobre cinema que tive com alguém.
   Começo o texto dizendo que sou uma cinéfila indefinida, o tipo de pessoa para quem você pergunta: "E aí, curte o quê?", e que vai te responder algo como, "Bem, eu não sei exatamente". Essa sou eu. Dispenso rótulos, não sou fã de blockbusters, ou de cinema cult, eu sou fã de cinema. Há filmes que gosto, há filmes que não, faz parte.
   E há muitos filmes que aparentemente todo mundo ama e que não me empolgam tanto. O que me faz pensar que problema não é com os filmes, mas comigo. E realmente, o problema é comigo! Eu não acredito nessa coisa de não gostar de algo porque sim, afinal, como dizia o Telekid, "Porque sim não é resposta!". Procuro em filmes defeitos que me fazem refletir o motivo de não ter gostado tanto. Eu vou no Filmow e vejo pessoas comentando que um certo filme deveria ser mais longo, enquanto eu preferia que ele fosse mais curto. É interessante notar que defeito é algo relativo, tem gente que acha que um filme específico ser longo é defeito, tem gente que não, faz parte.
   Sabe porque defeito é relativo? Porque pessoas possuem gostos diferentes, mas tudo bem! Eu aceito que tenha opiniões divergentes das minhas. Posso não gostar de um bom filme que todo mundo gosta, mas não vou criticá-lo dizendo que ele é ruim, porque na hora de fazer uma avaliação da qualidade sei bem separar meus gostos.
   Por fim, primeiro, eu sempre serei sincera sobre os filmes que assistir, não leve para o lado pessoal. Segundo, eu não me importo em pagar de cult, ou coisa do tipo. E não dou a mínima se não gostar do que todo mundo gosta, afinal, ser diferente também faz parte.

Leandra Diniz.